terça-feira, 28 de abril de 2009

Qual a diferença?

Estes dias acordei com uma vontade irresistível de escrever alguma coisa a este respeito. Era um domingo e acordei cedo, antes das 7:30, porque não conseguia mais dormir com vontade de escrever, era como se eu precisasse fazer isso. Aliás, acordei com raiva nesse dia e, no sonho, eu falava tudo isso (pelo menos que eu me lembre) que passei para cá. No dia não consegui escrever, consegui somente na segunda à tarde, com as idéias ainda vivas em minha cabeça. Hoje passei para a internet. E, já me foi dito, este texto será distribuído em eventos em prol do vegetarianismo, já que o pessoal da Sociedade Vegetariana Brasileira (de Sampa) adorou. Bom, não preciso dizer que o texto é de minha autoria, né?! Mesmo assim, a impressão e distribuição está autorizada. Espero que gostem. É um texto longo, mas leiam e reflitam. Paz.


Imagine alguém batendo em seu cão. O que você faria? Acharia engraçado? Acharia que ele não sente dor? Então, porque acha engraçado e divertido assistir aos rodeios, onde os animais sofrem, apanham, pulam de dor, quebram as patas e, no caso dos bezerros, a coluna? Qual a diferença?


O que você sentiria se alguém quisesse jogar ácido em seu cão, só pra ver o que acontece e se realmente ele é ácido? Você aceitaria? Então, porque aceita usar cosméticos que fazem testes em animais, sejam eles cães, gatos e coelhos, testes estes feitos sem anestésicos e que provocam dores extremas? Qual a diferença?


Desliga a TV quando aparecem cenas de animais caçando outros animais? Acha um absurdo comer-se carne de cachorro na China? Mas você já visitou um matadouro? Já viu as condições nas quais os animais ditos de “abate” (bois, porcos e aves) são mantidos, transportados e assassinados, ops, abatidos? Qual a diferença?


Você está com um filhotinho em casa. Procura mantê-lo sempre bem alimentado e vivendo em condições excelentes de higiene, além de lhe proporcionar exercícios e brincadeiras. O que você acharia de dar-lhe uma alimentação pobre, deixando-o anêmico e deixá-lo viver enclausurado durante boa parte da infância, sem ver a luz do sol e sem espaço sequer para se deitar? Um absurdo? Pois saiba que é isso que acontece com os bezerros destinados à produção de carne de vitela. Você está comendo a carne de um animal anêmico e que sofreu durante três longos meses, desde o dia do seu nascimento. Qual a diferença?


Você deixaria seu cão ser adestrado por alguém que batesse nele, usasse de violência para conseguir um simples “Senta” ou “Deita”? Então, por que vai a circos que têm animais, que são adestrados por meio de choques, pauladas, ficam dias sem comer, apenas para entreter o público? Qual a diferença?


Você gostaria que alguém pegasse seu cão, gato, ou até mesmo você, desse um choque para matar (o que na verdade só faz desmaiar) e tirasse a pele dele (ou sua) ainda vivo, sentindo todas as dores possíveis e imagináveis? Então, por que acha lindo um casaco de pele, que precisou de um número grande de animais mortos para ser feito (cerca de 70 raposas, se for de raposas, e mais de 120 coelhos, se for de coelho), animais que são esfolados ainda vivos? Qual a diferença?


O que você sentiria ao viver preso em uma jaula, sem companhia, sem nada para fazer, e com pessoas atirando pedras em você, gritando, batendo nas grades da jaula? Saiba que muitos animais vivem nestas condições: animais de zoológicos, de circo, de fazendas de pele, de fábricas de filhote, bois, porcos... Qual a diferença?


Por outro lado, gostaria de viver em um galpão, com luz 24h por dia, vivendo em um lugar com capacidade para cinco pessoas mas vivendo com cinqüenta, sendo pisoteado, um lugar super quente, estressado e sem conseguir dormir e sequer se mexer? As galinhas, perus, patos e outras aves vivem nestas condições, só para que você possa saborear uma deliciosa coxinha. Qual a diferença?


Você gostaria de, ao chegar numa certa idade, ou mesmo quando estivesse doente, momentos onde mais se precisa de carinho e de uma família, ser abandonado na rua? Então por que você faz isso ao seu cão ou gato quando ele chega na velhice? Eles sofrem tanto quanto você. Qual a diferença?


Você acha um absurdo castrar o seu animal, pois ele sentirá falta de sexo? Saiba que a maioria dos animais, cujos donos pensaram a mesma coisa, tiveram filhotes e, destes, a maioria se encontra no corredor da morte nos milhares de CCZs espalhados pelo país, morrendo muitas vezes de forma dolorosa, como em câmaras de gás ou a pauladas. E, destes animais, 40% a 50% são cães de raça. Você já imaginou que um filhote da sua linda cadela pode vir a para em um destes “agradáveis” lugares? Gostaria que isso acontecesse? Qual a diferença entre ele e um outro?


Uma criança de um ano é menos inteligente que um cão, um boi ou até mesmo um porco. Você a comeria? Por que não? Qual a diferença?


Você acaricia um cão, mas come um boi. Por que ama um e come outro? Qual a diferença?


Muitos acham que os animais foram feitos para nós, mas isto não é verdade. Seria o mesmo que achar que as mulheres foram feitas para os homens, ou que os negros foram feitos para os brancos. Não deixa de ser um pensamento especista (como o primeiro é sexista e o segundo, racista). Os animais sofrem, sim, e muitas vezes até mais que nós, pois seus sentidos são mais aguçados. A única diferença, é que eles não conseguem falar. Mas, será mesmo necessário que eles tenham que falar para que entendamos o quanto sofrem? Quem já olhou nos olhos de um animal que está no matadouro? Nos olhos de um cão abandonado? De um animal machucado? De um animal enjaulado? Uma imagem vale mais do que mil palavras, e os animais se expressam através de imagens. Nós é que não as compreendemos. E ainda qualificamos os animais de irracionais. Justamente pelo fato de não os compreendermos. E tudo aquilo que não compreendemos, tendemos a destruir.


Prova disso é a enorme quantidade de animais ameaçados extinção, a produção em massa de carne animal, alimento esse dispensável aos humanos, que em sua essência, não são classificados como carnívoros (basta ter a curiosidade de olhar em um livro de Zoologia e ver que não somos carnívoros), a produção de pele e couro, totalmente inúteis e supérfluas ao nosso bem-estar. Por que fazemos tudo isso? Porque nos falta um sentimento: compaixão. A compaixão não é ter apenas dó, mas sim se colocar no lugar de, e fazer algo que faça a diferença, em prol daquele ao qual tivemos compaixão.


Nós temos a inteligência, mas a usamos em malefício do próximo, seja humano ou animal. Inventamos inúmeras coisas ótimas, mas também outras que visam a destruição. Outras, que visam apenas o paladar de pessoas que se dizem “chiques”, mas que na verdade são fúteis e cruéis. É o caso da produção de vitela e patê de fígado de ganso.


Usamos nossa inteligência para abusar dos animais. Não há nada de diferente na criação deles hoje com o holocausto da Segunda Grande Guerra Mundial. Onde está o nosso coração, nossos sentimentos? Nos preocupamos somente com nós mesmos, o que é uma lástima.

Meu sonho é viver em uma sociedade onde haja RESPEITO e AMOR, um complementando o outro. Só assim viveremos em uma sociedade justa, uns ajudando os outros. E não falo apenas pelos animais, mas também pelos humanos. A minha luta é pelos animais; isto não quer dizer que eu despreze os humanos.


Será que meu sonho é uma utopia? Deus queira que não; e eu luto para que se torne uma realidade.


Uma frase me marcou muito: “Na relação homem x animal, nós somos aqueles que mais têm dívidas”. Não me lembro quem a disse, nem onde a ouvi, mas é a mais pura verdade. Pense nisso!





Animais humanos aprisionados.


















Animais não-humanos também aprisionados. Ainda pergunto: qual a diferença?


Fúlvia Zepilho de Andrade

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Inconvenientes da carne

1. A carne é alimento antifisiológico, não adaptável ao tubo digestivo do homem. O homem, anatomicamente, não é carnívoro.

2. É alimento antinatural: o homem não fabrica amoníaco para neutralizar os ácidos resultantes do metabolismo cárneo, como fazem os carnívoros.

3. É alimento tóxico, veneno lento mas seguro. Possuí toxinas resultantes da decomposição cadavérica, outras resultantes do metabolismo do animal, que ficam retidas e produzem mais toxinas, pela desassimilação, nos intestinos. Toxinas (venenos) pré-formadas, resultantes do metabolismo animal e que ficaram paralisadas com a morte do animal (dejetos vitais, matérias extrativas, purinas, adeninas, creatinina, xantina, que se transformam em ácido úrico). Toxinas resultantes da decomposição cadavérica microbiana (ptomaínas, leucomaínas). A carne é alimento cadavérico, cadáver em começo de decomposição. A carne do animal recentemente morto é dura. A decomposição cadavérica é que a torna macia, acompanhando-se de produtos de toxinas e de multiplicação de micróbios. A carne contém nucleínas, fonte de ácido úrico e de oxalatos; ácidos, matérias extrativas, que engurgitam o fígado, aumentam o trabalho renal e são conseqüentes à desassimilação da carne nos intestinos, acompanhada de fermentação intestinal.

4. É alimento maléfico para o fígado e para os rins, que precisam multiplicar o seu trabalho para neutralizar os ácidos, purinas, toxinas etc., provenientes do metabolismo cárneo. Esta fadiga de órgãos defensores da saúde é poderosa causa de envelhecimento precoce e morte prematura.

5. A carne produz ácidos fosfórico, sulfúrico e úrico, causadores de acidificação humoral e de irritações esclerosantes. As proteínas em excesso são acidificantes e mucógenas.

6. Os ácidos produzidos pela carne originam desmineralização, ao serem neutralizados no organismo.

7. A carne é um excitante muito forte, equiparável ao álcool, devido às substâncias tóxicas e extrativas dela provenientes. A sensação de vigor é esgotante, o que faz reclamar mais excitantes (álcool, açúcar, mais carne). Há aparência de vigor, devido à excitação, e cria um apetite enganador, porque faz repelir os alimentos suaves. Daí a depressão inicial naqueles que abandonam o uso da carne. Devido ao seu poder excitante, que faz gastar as reservas vitais, e ao seu poder tóxico, a carne é um dos fatores da abreviação da vida. Por isto mesmo é que, com a adoção do regime carnívoro, a duração da vida humana diminuiu, como se pode verificar pelo estudo critico da Bíblia.

8. A carne como alimento contribui para o aparecimento de diversas doenças e degenerações humanas: apendicite, arteriosclerose, artritismo, eczema, enterite, gastrite, nefrite, reumatismos, úlcera gástrica, vegetações adenóides. Por isso, no decurso de moléstias do fígado, dos rins, dos intestinos, da pele, de perturbações nervosas, não há melhor regime do que o vegetariano. Devido à incompleta combustão das proteínas, há produção de ácido úrico; as fermentações intestinais produzem toxinas prejudiciais e ácidos (acético, butírico, copróico, oxálico, etc.), e além de tudo isto: acidificação, ácido úrico, toxinas microbianas e metabólicas, alcalóides, etc. que agravam o mau estado orgânico.

9. A carne, mesmo cozida, traz toxinas microbianas em grande quantidade. Além disto, pela sua própria composição, a carne favorece a pululação microbiana nos intestinos e aumenta a flora putrefativa, em lugar da flora ácida normal. A média de germens, de 65.000 por mm3 de fezes, no carnívoro, baixa para 2.000 por mm3 no vegetariano. Esses germes produzem putrefação, extinguem os germes saprófitas, benfeitores, daí a freqüência de apendicite, colite, enterite, entre os carnívoros.

10. A carne é transmissora de doenças. Contagiosas e parasitárias, brucelose, intoxicações alimentares, salmoneloses, tênia (solitária), triquinose, tuberculose.


11. É mau combustível. Certos alimentos "queimam-se" no organismo, fornecendo-lhes calor. A carne, por falta de hidratos de carbono, queima-se incompletamente, deixando resíduos tóxicos ou acidificadores.

12. A carne, embora rica em proteínas e em ferro, é pobre nos demais elementos e é carregada de dejetos da vida nutritiva (produtos extrativos). Com as frutas e verduras, incluindo-se as frutas secas e oleaginosas, o indivíduo poderá obter todas as substâncias necessárias ao seu organismo. O leite lhe fornecerá proteínas de tão alto valor quanto as da carne e, se quiser se abster de leite, encontrará boa fonte de proteínas no trigo integral e derivados, na soja, na amêndoa, no amendoim e na castanha do Pará.

13. A carne estimula o uso do álcool e do fumo. Podem se encontrar carnívoros abstêmios, mas não se conhece nenhum vegetariano alcoólatra. Com o regime vegetariano, combinado com o jejum, a limpeza dos emunctórios e a demonstração dos inconvenientes do fumo, este vício está abolido em 99% dos casos tratados.

14. Aumenta a impetuosidade e a irritabilidade. A excitação da carne dá aparência de energia e vitalidade, enquanto o regime vegetariano predispõe à calma, ao, controle e à serenidade. O aspecto corado, a boa cor do carnívoro, como a do alcoólatra, é resultante da congestão e da excitação, em vez de significar boa distribuição e riqueza sangüíneas.

15. É alimento imoral. Porque é baseado na morte de seres vivos e porque contribui para manter o reinado de violência na sociedade humana. Contribui para excitar a imoralidade, a brutalidade e a crueldade. Esta ação exerce-se duplamente, física e espiritualmente, devido ao efeito excitante da carne e às vibrações grosseiras de origem animal.