A ida pra Sampa, no fim de semana último, reabasteceu minhas energias. Depois de meses, nunca me senti tão bem como nestes dois dias. Tão bem que relutei em voltar, cheguei a passar mal só de pensar em voltar.
Chegar em casa, ver tudo lá, ficarmos na paz sem interferências; rever a cidade que nos acolheu tão bem e que tanto nos tem a oferecer; visitar pessoas que deixamos e que sentem nossa falta tanto quanto sentimos delas; receber amigos; a liberdade de ir e vir de todos nós... caramba, por que mesmo resolvemos mudar? Essa, agora, é a pergunta que não quer calar.
No começo, parecia o paraíso e parecia ser por pouco tempo. Aos poucos, o romance foi acabando, dando lugar à mesmice a ao tédio; fui percebendo que aqui as coisas não são assim tão fáceis; as meninas ficam estranhas; tudo pareceu ter dado errado. Cadê a qualidade de vida que buscávamos? Todos estressados, um tomando remédio, outra tomando banho medicinal. Coisas que não tínhamos.
O lado bom disso tudo? Crescemos. E crescer dói, muito. É sofrido. Não somos mais os mesmos que saímos de lá, somos totalmente diferentes. Mais pensativos, mais maduros, mas, nem por isso, mais seguros de si. Temos ainda muitas dúvidas quanto ao que é melhor para nós. São tantas dúvidas que nossas cabeças não param um segundo de pensar, até nossos sonhos são conturbados, cheios de problemas para resolver.
Se hoje me fosse perguntado onde eu quero morar, eu saberia dizer a resposta na ponta da língua. E esta não é a mesma de há 3 meses. Resta saber se é a escolha mais acertada para todos. A resposta do Luis? É a mesma da minha. A da Letícia? Também. Suzie não fala, mas creio que seria mais feliz se fizéssemos o que estamos com vontade HOJE.
Será mesmo que nossa vida era assim tão ruim? Hoje vejo que não. Será que tudo isso que estamos sentindo é falta do nosso cantinho? Não tenho certeza. A cidade nos encanta? Em alguns aspectos sim; em muitos deixa a desejar. Lá conseguíamos ter momentos família com toda a família unida; aqui, Suzie sempre é deixada de lado por falta de opções para os cães nesta cidade. Mesmo nós, os humanos da casa, não temos muitas opções e acabamos indo passear nos shoppings, coisa que detestamos. Lá íamos a parques, feiras, casas de parentes e amigos, sempre com Su a tiracolo.
Saudades? De tudo. Certezas? Nenhuma... Sonhos? Todos. O que acontece com a gente? Notamos diferenças comportamentais nas meninas, e não são sutis. São gritantes. Tão gritantes que estamos nos questionando todo o tempo se realmente fizemos o certo.
Só peço termos sabedoria de decidir o melhor para todos e, ao tomar esta decisão, que sejamos felizes.
quarta-feira, 23 de março de 2011
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