sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Reciclar é preciso


Visitando um blog que eu gosto muito, devido às dicas e matérias interessantes, vi essas sobre reciclagem.

Recentemente onde moramos a coleta seletiva foi implantada mas, infelizmente, muitos não aderiram ao projeto, alegando que tem que descer para jogar o lixo, que fica na garagem. Sim, puro comodismo, porque são pessoas que saem de casa todos os dias, seja para o trabalho, seja para fazer nada lá embaixo. Enfim... nem todos têm consciência de que devemos ajudar o planeta o máximo possível. E a coleta seletiva é uma mudança de hábito necessária, junto com tantas outras, que postarei mais pra frente.

Vamos ver como é simples?

Menos de 30% do lixo reciclável é recolhido para reciclagem. Sabiam?
E o lixo que não é reciclado, vai fazer volume nos lixões. Os catadores vivem lá perto, porque sempre conseguem as latinhas e os papéis pra pegar e vender. E o lixo fica lá….. por meses, anos, décadas, séculos….. Uma latinha de alumínio (é, essas daí que vêm com leite em pó), por exemplo, leva mais de 1000 anos - ou 10 séculos - pra se decompor. Isso quando poderia ter sido reciclada.

Depois da implantação da coleta seletiva aqui no prédio, vi que o volume de lixo orgânico diminiu muito aqui em casa. E olha que não somos grandes produtores de lixo, porque comemos muita coisa natural, que vem da feira, sem caixinha. O lixo reciclado que mais “fazemos” são os sacos de feijão e outras legumisosas, arroz e caixinhas de leite.

Tudo bem, você pode reclamar “mas tem que ficar lavando o lixo”. Mas, peraí, é só uma pré-lavagem, depois deixa secar: facilita o trabalho de quem recolhe o lixo e não deixa cheiro. Ou você preferiria viver, daqui uns anos, com lixo espalhado em todo lugar, simplesmente porque não recicla-se? O mundo não comportára a quantidade de lixo, precisamos fazer algo com grande urgência!

E quando não tem coleta seletiva?
Bom, existem os catadores. Eles pegam ou papelão, ou lata, enfim. Vale a pena deixar separado pra evitar que o lixo orgânico contamine o reciclável e que sujem toda a calçada. E quando não tem os catadores, tem lugares pra onde se liga e pede a retirada do lixo reciclável. Também tem lugares que recebem. Se você passa por um, basta parar e deixar.

Parece muito trabalho, né? Mas eu garanto que não é. No começo, até dá um trabalhinho. Depois de um tempo, tudo fica muito, muito automático. E vale a pena!

Reciclagem de embalagens Tetra Pak (leite, sucos, etc) :
http://www.rotadareciclagem.com.br/index.html

Coleta de recicláveis:
http://www.reciclaveis.com.br/centralserv/guiaserv/SE/SE01/coleta.htm

CataSampa:
http://www.catasampa.org/

Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis:
http://www.movimentodoscatadores.org.br/

Alô Limpeza (SP) telefone 156

Reciclagem de Isopor Abrapex
http://www.abrapex.com.br%20/

Como implantar a coleta seletiva no meu prédio?
(Funciona pra casa também, mas aí você precisa encontrar mais gente que queira, pra que junte um volume maior de materiais recicláveis)

O ideal é que se forme uma comissão: uns 2-3 adultos e alguns estudantes (de qualquer idade).
A primeira coisa é decidir como vai ser a coleta: se vão coletar os materiais recicláveis separadamente ou tudo junto. Se puder, tudo separado é melhor. Mas assim, a resistência das pessoas fica maior, porque é um trabalho maior, entào, talvez seja melhor colocar tudo junto. E arrumar um local. Pode até ser na lixeira, junto com o lixo orgânico, mas o ideal é que seja separado. Em caso de casas, acho legal ter algum lugar onde se possa manter o recipiente, mas que tenha sempre alguém por perto, pra evitar que seja …. quebrado.

Procurar quem receba o material. Existem empresas que compram o material reciclável. Mas também pode doá-los pra instituições. Por exemplo, as Casas André Luiz recolhem. Combine certo qual vai ser a frequência das retiradas, quais os materiais. Se um lugar não aceitar, por exemplo, as embalagens tetra pak, procure outro que aceite e fique com dois lugares que recebem os materiais.

Comprar as lixeiras. Se for coletar papel, plástico, metal e vidro separadamente, compre uma daquelas lixeiras bonitinhas e coloridas. Mas pense nas latas: se a coleta do prédio for em um único local, então precisa de uma lata maior. Se a coleta for feita por andar, podem ser recipientes menores. E cuidado! Não armazenar os recicláveis perto de pontos elétricos nem por muito tempo, porque eles pegam fogo muito fácil.

Treinar os funcionários é importante. E dar material também. Uma luva, pra evitar que se cortem, um carrinho. Se o material reciclável for vendido, ainda é legal que se dê um bônus aos funcionários e empregadas, porque isso ajuda e estimula a coleta seletiva.

Junto com a compra das lixeiras, é legal colar nos elevadores e áreas comuns cartazes sobre a reciclagem. Também pegar as crianças pra fiscalizarem se as pessoas estão fazendo certo ou conversando com os adultos do prédio sobre. Uma faca de dois gumes: as crianças aprendem a importância e fazem algo pelo mundo e ainda garantem que a coleta esteja correta.
E pronto.

Veja mais nos links abaixo:
Cia Eco, Educação Ambiental
Lixo.com.br, com uma lista bem completa do que é e o que não é reciclável.
Comcap
Sindiconet


quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Abate humanitário é ampliado no Brasil e divide opiniões


Só uma pequena opinião: sou CONTRA abate e, para mim, esse só é humanitário no nome, porque tira dos animais um direito de todos: o direto à VIDA. Não existe abate humanitário. Por mais que o animal não sinta dor naquele momento (o que é uma inverdade), ele está perdendo um dos direitos mais fundamentais, que é o da vida. Reflitam... sejam vegetarianos, por amor a você, aos animais e ao planeta em que vivemos.

Galinha, boi e porco nascem predestinados a servir à humanidade. A carne de todos eles vai à mesa. A pele de um vira casaco e sapato, os ossos, botão e gelatina. A discussão é como conseguir manejá-los de uma maneira que amenize o sofrimento. Oferecer uma morte menos dolorosa é o propósito do chamado abate humanitário, às vésperas de passar por uma revisão inédita no Brasil.

Pela primeira vez, uma parceria entre uma ONG internacional, a WSPA (sigla em inglês para Sociedade Mundial de Proteção Animal), com sede em Londres, e o Ministério da Agricultura prevê uma campanha do Programa Nacional de Abate Humanitário, que terá início em 2009.

Como diz a veterinária Charlí Ludtke, 30, da WSPA, coordenadora do programa, carne é uma responsabilidade de todos. "De quem produz, de quem abate e até de quem a consome."

Cinco profissionais, entre zootecnistas e veterinários, começam a ser treinados em outubro para percorrer 700 frigoríficos de Santa Catarina, do Paraná, do Rio Grande do Sul e de São Paulo nesta primeira etapa do projeto.

As normas do abate humanitário de suínos, aves e bovinos vão ser transmitidas por meio de DVDs, apostilas e aulas práticas e teóricas. A ação conjunta de uma ONG internacional e do governo brasileiro segue o modelo consagrado em países desenvolvidos. Na Inglaterra, por exemplo, a Universidade de Bristol age em parceria com frigoríficos britânicos, para desenvolver técnicas de abate humanitário, dando cursos e treinamentos de capacitação, inclusive no quesito transporte, o que é obrigatório em toda a União Européia. Lá, ao contrário do que ocorre no Brasil, os condutores precisam passar por um programa sobre o bem-estar animal antes de sair pelas estradas transportando carga viva.

Por aqui, a idéia é ensinar, por exemplo, a carregar animais de fazendas e granjas para os frigoríficos de modo que eles não sofram tanto durante o trajeto. O embarque e o desembarque devem ser feitos de uma forma mais tranqüila, que atenda às boas práticas de manejo.

Matadouros e abatedouros do Estado de São Paulo são obrigados, desde 1995, a utilizar métodos científicos e modernos que impeçam o abate cruel de animais. Mas nem todos seguem a lei. O índice de carne clandestina varia de 20%, nas regiões mais abastadas, a 60%, nas mais pobres do país. Nesses casos, o abate é feito ainda de forma primitiva, cruel e violenta. "O transporte é muito precário. Os animais sofrem durante o trajeto: bois são pisoteados, frangos acumulam fraturas e machucados. No abate, suínos são esfaqueados com punhaladas no coração e jogados em tanques para escaldadura, muitas vezes ainda vivos", critica Sônia Fonseca, presidente do Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal.

Uma das líderes do movimento para que o abate humanitário se tornasse lei em São Paulo, Sônia é categórica: "É claro que não existe forma boa de matar, mas, no momento, o abate humanitário é uma maneira de diminuir um mal que não podemos evitar".

Bem-estar X abolição

É aí que, com o perdão do trocadilho, a porca torce o rabo. Na opinião de alguns defensores dos animais, pouco importa colocar música clássica para os bois ouvirem ou colorir as granjas com tampinhas de garrafa para as galinhas "brincarem" se o destino é um só: a morte.

O abate humanitário não é visto com bons olhos por todos os ativistas. Dentro das organizações de defesa animal, existem duas correntes: a do bem-estarismo e a do abolicionismo. A primeira prega melhores condições de criação e abate, como é o caso da WSPA, parceira do governo nesse projeto. A segunda clama pelo fim da exploração animal. Eu me enquadro nesta última... a exploração animal deve ACABAR mesmo... só resta a população se conscientizar disso.

Nesta última, enquadra-se a entidade do nutricionista George Guimarães, 34, presidente do Veddas (Vegetarianismo Ético, Defesa dos Direitos dos Animais e Sociedade). Para ele, qualquer ação que vise a melhorar o bem-estar animal tem interesses comerciais e perpetua a exploração, porque cria na população a falsa impressão de que eles têm uma vida digna. "Os animais não têm interesse em serem explorados. Dentro desse cenário, essa ação é contraproducente."

Nina Rosa, 64, presidente do instituto que leva seu nome, segue o mesmo raciocínio de George. Segundo ela, de humanitário, esse abate não tem nada. "Ele prejudica o trabalho de sensibilização das pessoas", acha ela. "É uma anestesia de consciência." O instituto lançou um documentário chamado "A Carne é Fraca", sobre o consumo da carne e suas conseqüências. Feito em quatro idiomas --português, francês, inglês e espanhol--, o vídeo, que está sendo distribuído para 400 organizações em todo o mundo, conta a "trajetória de um bife", desde o nascimento de bezerros e frangos até o abatedouro. Contém cenas chocantes. Vídeo excelente, convido a todos a verem!

A criação intensiva de animais para consumo humano, na avaliação da ativista paulistana, é a maior causa do aquecimento global. "Fazem queimadas para dar lugar ao pasto e para plantar grãos para alimentar bois -isso sem contar o assoreamento dos rios. E não podemos esquecer que a floresta amazônica está sendo devastada para virar pasto."

Como precisa de grandes pastagens, o gado normalmente é criado longe da área de consumo, o que implica emissão de carbono para o transporte da carne e, em muitos casos, desmatamento da região. Este é considerado o primeiro fator de deslocamento da fronteira agrícola, com efeitos diretos sobre a floresta amazônica.

O "grito" das entidades encontra eco em órgãos oficiais. Estudos da FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação) mostram que a criação de animais para consumo humano é realmente uma das maiores causas de problemas ambientais, incluindo aí o aquecimento global, a degradação da terra, a poluição da água e do ar e a perda da biodiversidade. Há até uma pesquisa que revela que ela seria responsável por 18% do efeito estufa, com a participação direta da produção de ração para animais, à base de grãos.

Na Europa e nos EUA, não faltam iniciativas anticarne ancoradas na problemática ambiental. O ex-beatle Paul McCartney, vegetariano veterano, lançou em junho na Inglaterra o "Meat Free Mondays" (segundas-feiras livres de carne), com a intenção de encorajar os carnívoros a consumir comida vegetariana ao menos uma vez por semana, citando o comunicado da ONU como uma boa medida para cortar a carne do cardápio.

Uma das organizações mais ativas (e polêmicas) do mundo é a norte-americana Peta (Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais, da sigla em inglês).

Só para ter uma idéia de uma de suas controvérsias, a entidade chegou a comparar os matadouros a campos de extermínio nazistas. Dona de uma ousada campanha a favor do vegetarianismo, a Peta decidiu, no mês passado, centrar fogo em carnívoros famosos na sua mais recente empreitada contra a morte dos animais.

Sônia, do Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal, rejeita essa divisão entre as ONGs. "No fundo, todos somos abolicionistas. Não tenho pretensão de impedir que as pessoas comam carne. Se isso não é possível no momento, por ora, vamos minimizar o sofrimento dos animais", defende.

O problema é que uma questão permanece aberta: o brasileiro não dispõe de ferramentas para identificar, na hora da compra, se o produto obedeceu às normas de bem-estar animal durante a criação e o abate, como é comum na Europa e em parte dos EUA.
No seu próximo banho, imagine que ao sair do chuveiro você receberá um tiro de pistola pneumática bem no meio da sua testa.
Você ficará atordoado, quase morto, mas ainda assim vai estar vivo enquanto alguém vai lhe abrir o peito com um facão para que seu sangue escorra pelo ralo do banheiro.
IMAGINOU?
Fonte: Roberto de Oliveira, da Revista da Folha

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Por Dentro da Indústria de Peles

Oitenta por cento das peles obtidas pelas indústrias de peles vêm de animais que vivem em cativeiro nas fazendas de peles. Essas fazendas mantém milhares de animais e as práticas usadas para mantê-los é uniforme (ou seja, é igual) no mundo todo. Assim como o confinamento intenso a que os animais são submetidos nestas fazendas, os métodos usados por elas são feitos para aumentar os lucros, sempre às custas dos animais.
Vidas curtas e sofridas
O animal mais criado nas fazendas é a marta, em seguida vem a raposa. Chinchilas, linces e até mesmo hamsters também são criados para obtenção de casacos de peles. 64% dessas fazendas se encontra na Europa, 11% na América do Norte e o resto está disperso pelo mundo, em países como Argentina e Rússia. Os "criadores" de martas geralmente acasalam as fêmeas uma vez por ano. Por volta de três ou quatro filhotes sobrevivem em cada ninhada, e eles são mortos quando têm por volta de 6 meses de idade, dependendo do país onde estão, depois do primeiro inverno rigoroso. As martas usadas na reprodução são mantidas até os quatro ou cinco anos. Os animais - mantidos em gaiolas super pequenas - vivem com medo, estresse, doenças, parasitas e outros sofrimentos físicos e psicológicos, tudo pela indústria global que ganha bilhões de dólares por ano.

Coelhos são mortos aos milhões para consumo de sua carne, principalmente na China, Itália e Espanha. Uma vez considerado um mero subproduto de consumo, a indústria de peles de coelho procuram as peles dos animais mais velhos (coelhos criados para consumo são mortos com a idade de 10 a 12 semanas). As Nações Unidas dizem que "poucas peles são pegas nos matadouros", e países como a França matam 70 milhões de coelhos por ano para obter suas peles, usadas em roupas, como iscas na pescaria e em detalhes em obras de arte.

A vida no "rancho"
Para cortar gastos, os "fazendeiros" colocam vários animais juntos em gaiolas super pequenas, onde os animais mal podem se mover. Esse confinamento e multidão é muito estressante, principalmente para as martas - animais solitários, que, na natureza, ocupam um território de 2.500 acres. Essa vida angustiante faz com que as martas cometam auto-mutilação - mordem seu corpo, cauda a patas - e andam freneticamente em círculos, sem parar. Zoólogos da Universidade de Oxford, que estudaram martas cativas, descobriram que, apesar de serem criadas para o comércio de peles, as martas não são domesticadas e sofrem muito em cativeiro, principalmente se elas não tem a oportunidade de nadar. Raposas, guaxinins e outros animais sofrem do mesmo modo e muitos cometem o canibalismo como uma reação para o seu confinamento superpopuloso.

Os animais nas fazendas de pele são alimentados com os subprodutos de carne que são considerados impróprios para consumo humano. A água é providenciada por um bebedouro tipo "bico de mamadeira" que geralmente congela no inverno ou pode não funcionar devido a erro humano. Resultado: os animais têm sede!

Doenças e parasitas
Os animais das fazendas de peles são mais suscetíveis às doenças do que os que vivem livres na natureza. Doenças contagiosas, como pneumonia, são passadas de gaiola para gaiola rapidamente, assim como pulgas e carrapatos. Moscas portadoras de doenças se desenvolvem nos locais que coletam urina e fezes, que ficam embaixo das gaiolas por meses. Vídeos e fotos feitos em investigações mostram os animais sofrendo de graves machucados e infecções, mau-tratados e são deixados morrer de forma lenta.

Habitats artificiais
As gaiolas são geralmente mantidas em locais abertos que fornecem pouca ou nenhuma proteção contra o vento, o frio, o sol excessivo ou a chuva. Sua pele sozinha não é capaz de mantê-los quentes no inverno e, no verão, as martas sofrem com o calor, pois não têm água para se refrescar. Quando as martas aprendem a "tomar banho" sozinhas, pressionando os bebedouros "mamadeira", os "fazendeiros" mudam os bicos do bebedouro para acabar com o alívio delas.

Veneno e dor
Nenhuma lei protege os animais das fazendas de peles, e os métodos de abate são horrendos. Como os "fazendeiros" se preocupam apenas com a qualidade da pele, eles usam métodos de abate que as mantenham intactas, mas, esses mesmos métodos, resultam em sofrimento extremo para os animais. Pequenos animais são colocados aos montes em caixas e envenenados com o gás que sai do escapamento de um caminhão. Isso nem sempre é letal, e alguns animais acordam enquanto são despelados. Os animais maiores têm grampos ou hastes colocadas em suas bocas e hastes colocadas no ânus, e são dolorosamente eletrocutados. Outros animais são envenenados com estricnina, que os sufoca por paralisar seus músculos em dolorosas cãibras. Câmeras de gás, câmeras de descompressão e, literalmente, torcer o pescoço são outros métodos de abate muito comuns.

A indústria de peles se recusa a condenar até os mais cruéis métodos de abate. Eletrocussão genital, considerada "inaceitável" pela Associação Americana Médica Veterinária (AVMA - em inglês), é um método de abate que causa, nos animais, a dor de um ataque cardíaco enquanto estão totalmente conscientes. A indústria de peles de chinchila consideram a eletrocussão e quebrar o pescoço "aceitáveis".
Você vestiria seu cão?
Um investigação revelou que a indústria de pele de cães e gatos é multi-milionária na Ásia e descobriu que casacos e brinquedos feitos com pele de cães domésticos são vendidos no mundo. Não existe nenhuma lei que previna uma pessoa de importar pele de cão e gato para o seu país. Se o produto importado custa menos que U$ 150, o exportador nem precisa dizer do que ele é feito. Vídeos mostram um Pastor Alemão, com a cauda abanando, momentos antes de ser despelado vivo. Um gato, preso em uma gaiola, olha, um por um, seus colegas de gaiola serem sufocados, pendurados e enforcados, e espera a sua vez. Peles de cães e gatos ainda entram no país, pois só podem ser detectadas por testes de DNA caríssimos.

Portanto: NUNCA, JAMAIS, USEM PELES DE ANIMAIS E NEM COMPREM ITENS QUE AS TENHAM COMO ENFEITE!!!!

Destruição do meio ambiente
Ao contrário do que a indústria de peles diz, a produção de peles destrói o meio ambiente. A energia necessária para produzir um casaco de pele é, aproximadamente, 20 vezes maior do que a necessária para produzir um casaco de pele falsa. Nenhum casaco de pele é biodegradável, devido ao tratamento químico aplicado para impedir que a pele apodreça. O processo do uso desses produtos químicos é muito perigoso e pode contaminar a água.

Cerca de 22 quilos de fezes são excretadas por marta despelada nas fazendas de pele. Baseado no número total de martas despeladas só nos EUA em 1999, que foi de 2.81 milhões, as fazendas de pele de marta geram, aproximadamente, 62 mil toneladas de fezes por ano. O resultado são mil toneladas de fósforo que destroem ecossistemas aquáticos.

Pele em roupa de ovelha
Enquanto as vendas de peles caem, as vendas de pele de cordeiro com lã crescem. Alguns produtores de peles são usados para distinguir a pele de marta da pele do cordeiro. Muitas pessoas não sabem das origens da pele de cordeiro ou que suas vendas são um incentivo para os criadores de ovelhas aumentar o seu rebanho.

No Afeganistão, a ovelha karacul agora é criada para produzir cordeiros para o mercado Persa de casacos e chapéus. Para uma melhor qualidade da pele, a mãe é morta um pouco antes de dar à luz e o cordeiro é retirado de dentro dela. As peles do cordeiro abortado são muito valorizadas no mundo da moda por seu brilho parecido com o da seda. É necessária a pele de um cordeiro inteiro para fazer um único chapéu.

Indústria em declínio
A Áustria e o Reino Unido baniram as fazendas de peles e a Holanda parou com a criação de raposas e chinchilas em abril de 1998. Nos EUA, existem aproximadamente 324 fazendas de martas, contra 1.027 em 1988. Como sinal dos tempos, a supermodel Naomi Campbell foi proibida de entrar em um clube de Nova Iorque porque estava usando pele.


Escolhas humanas
Os consumidores precisam saber que todo casaco, forro ou detalhe de pele representa um intenso sofrimento de milhões de animais, sejam eles capturados em armadilhas, criados ou mesmo não nascidos. Essas crueldades só acabarão quando as pessoas se recusarem a comprar ou vestir pele. Aqueles que aprendem os fatos por trás do casaco de pele deve passar seu conhecimento para outros, para o bem dos animais.


sábado, 10 de janeiro de 2009

A Lamentável Situação dos Galgos na Espanha



"Me comove a dor alheia, e sim, incluo na dor alheia esses humanos peludos que nos acompanham, com lealdade imerecida, pelo tortuoso caminho planetário. A dor alheia, hoje, tem uma figura estilizada, um olhar vivaz, um sentido agudo da fidelidade e um medo profundo. Não é um galgo, mas centenas, e sua última notícia negra é o futuro incerto que lhes espera."
A SINISTRA REALIDADE DOS GALGOS ESPANHÓIS
Os Galgos Espanhóis tem sido utilizados quase que exclusivamente como uma ferramenta de caça na Espanha. Eles geralmente vivem em celeiros, em números superiores a 10 cães e a maioria quase nunca vê a luz do dia.
O foco do problema se divide em duas partes: a criação indiscriminada dos Galgos Espanhóis e o descarte massivo e cruel ao final da temporada de caça, que acontece anualmente entre setembro e janeiro. Investigações feitas pela WSPA (World Society for the Protection of Animals) nos anos de 2001 e 2002 provaram que milhares de Galgos Espanhóis são criados anualmente com a única finalidade de participarem do campeonato nacional de caça, sendo Medina del Campo seu principal centro.
Antes de 2001, a cada final de temporada, os caçadores tradicionalmente enforcavam seus Galgos Espanhóis nos pinheiros nos arredores de Medina del Campo. Os investigadores da WSPA reuniram vasta evidência fotográfica e fizeram um relatório sobre o tratamento cruel que os Galgos Espanhóis estavam recebendo. Os resultados do inquérito da WSPA, realizado nas regiões de Castilla y Leon e Castilla la Mancha com a assistência da organização espanhola Scooby (Sociedade Protetora de Animais Scooby), revelam que a antiga tradição do enforcamento de cães na Espanha continua até hoje. A WSPA estima que milhares de Galgos Espanhóis sejam criados e mortos anualmente nas zonas rurais.
A partir daí, devido às denúncias sobre o enforcamento de Galgos, os galgueiros começaram a levar os cães indesejados para os abrigos, resultando em torno de 500 cães abandonados ao final de cada temporada, a maioria de Galgos Espanhóis. Para os donos dos Galgos, os protetores são somente aqueles que recolhem o seu lixo. Para eles, um Galgo no final da temporada de caça nada mais é do que um entulho do qual eles querem se livrar. O galgueiro se aproveita da oportunidade de passar o problema adiante e desta maneira tenta limpar a própria consciência.
Praticamente qualquer pessoa pode criar Galgos Espanhóis, não existe controle algum por parte das autoridades. As leis que regulam o assunto não são cumpridas e não é aplicada nenhuma punição quando são desrespeitadas. Não há possibilidade de verificar se estas leis estão sendo violadas. A criação de Galgos Espanhóis é excessiva - uma população de cães nunca terá a chance de encontrar um lar, por isso uma nova direção foi tomada para atacar o mal pela raiz, que é a campanha contra a "criação indiscriminada de Galgos Espanhóis".
O horror do enforcamento após temporada de caça
Quando termina a temporada de caça às lebres, começa o terror para estes nobres animais.
A maioria dos Galgos Espanhóis abandonados tem por volta de dois ou três anos, e chegam geralmente em péssimas condições de saúde. Muitos são sacrificados com injeções letais antes de conseguirem chegar a um abrigo, onde teriam a chance de ter um futuro mais digno.
Na Espanha, é tradição pendurar os cães que correm mal em galhos mais baixos, onde sofrem uma morte lenta e agonizante conhecida como 'o pianista' devido à frenética tentativa de tocar suas patas no solo. Aqueles que correm bem são pendurados em galhos mais altos, resultando em uma morte mais rápida. Em algumas vilas próximas, as pessoas chegam a reclamar do barulho dos ganidos dos cães durante a noite. Essa prática tem suas raízes na tradição da nobreza espanhola: quando acabava a temporada de caça, os ricos latifundiários matavam seus Galgos com requintes de crueldade para provar seu status e com isso impor temor e respeito. Não se sabe o motivo desta tradição continuar até os dias de hoje, e não há lei que puna os responsáveis.
Galgos indesejados também são apedrejados, amarrados e deixados para morrer de fome, afogados, jogados em poços, queimados com gasolina, enterrados vivos, amarrados em carros e arrastados até a morte, envenenados, levam tiros nas patas para não seguirem os donos, são torturados com paus nas bocas para não latirem. Muitos dos que são abandonados nas ruas acabam sendo atropelados e os que têm mais sorte são largados nos abrigos. Por causa da divulgação de fotos de cães enforcados, muitos Galgos passaram a ser entregues nos abrigos, que ficam superlotados depois da época de caça - por volta de 500 galgos a cada temporada.
Atualmente, não é ilegal matar um cão por enforcamento na Andaluzia e Extremadura, onde não existem leis de proteção animal. Em Castilla y Leon, uma lei ameaçando de multa alguém que enforque um cão ainda espera ser cumprida.
O roubo de Galgos Espanhóis
De acordo com a polícia, o Galgo Espanhol é a raça de cão mais roubada no país. A polícia espanhola menciona o roubo de 1200 Galgos em 1998, mas estima-se que este número é somente o topo do iceberg, em torno de 20%.
Geralmente os caçadores consideram uma inutilidade declarar o roubo de um cão que provavelmente nunca mais vai ser encontrado. Deveria haver uma identificação do animal para que os donos pudessem encontrar seus cães em caso de roubo. Certamente são somente os melhores corredores que são vítimas de roubo, já os que correm menos são descartados. Os protetores presumem que tem um tipo de máfia por trás dos roubos, já que os ladrões sabem muito bem quais os Galgos que devem ser levados.
Todos na Espanha conhecem sobre estes abrigos afastados onde se encontram cães de corrida roubados. Há casos de Galgos Espanhóis roubados durante a caçada, em campo aberto. Os ladrões se escondem e aproveitam para pegar o cão quando ele aparece. Os cães são levados em carros em alta velocidade, em operações perigosas. Alguns dos cães são vendidos para fazendeiros e outros são usados em caçadas. De acordo com alguns galgueiros, os cães são usados repetidas vezes, até a completa exaustão, sendo depois abandonados ou coisa pior. É bem conhecido o destino dos Galgos roubados: eles são enviados de Castile e de lá vão para o sul, para Madri, Toledo e Andalusia. Os cães roubados em Toledo vão para o norte de Castile e os roubados na Andalusia terminam na Extremadura e vice-versa. Como os galgos não podem ser identificados, eles nunca retornam para seus donos.
Transmitimos uma história contada no mundo dos Galgos, porém sem provas de que seja verdadeira. Os caçadores que possuem um galgo roubado tentam ganhar a confiança dele para que ele não fuja: primeiro ele é trancado em escuridão completa sem qualquer alimento por dois ou três dias. Depois é alimentado e tem que tomar leite misturado com a urina do seu novo dono para passar a considerá-lo como seu líder.
“Este relato cruento é a crônica cotidiana do final destes animais. Parece extraordinário contemplar como animais que têm vivido assim toda sua vida, chegam a ser tão incríveis em sua bondade quando lhes dão a oportunidade de ser amados. Dizem os que lutam por eles que são os melhores animais de companhia que existem. Organizações trabalham ativamente para dar-lhes uma segunda oportunidade, e já conseguiram salvar centenas deles desde que começaram sua luta. Só pedem isso, poder salvar suas vidas, buscar famílias que os acolham — geralmente no estrangeiro, onde sabem apreciar a bondade destes animais — e outorgar um pouco de amor a sua profunda tristeza. O fazem por convicção, sem praticamente ajuda, diante da indiferença da maioria de nós, e com a passividade absoluta das autoridades. Os pequenos milagres, em forma de galgos que aprendem a confiar nos humanos, a brincar com crianças, a subir num sofá, a morrer com um pouco de dignidade, esses pequenos milagres representam fragmentos de beleza neste mundo sórdido, e em forma de pessoas que dedicam seu tempo e seu esforço para que a crueldade não triunfe completamente. Apelamos à consciência de seus donos, às administrações, que têm permitido o abuso com total impunidade. A nós, que talvez nem soubéssemos da bárbara vida e morte destes animais. De vez em quando existem esses raros momentos em que alguém pode arranhar algo parecido à bondade. Ou no mínimo, pode restringir a maldade. Este é um deles. Os Galgos estão mal, mas ainda poderão estar pior se ninguém evitar. E, certamente, que beleza quando podem amar e aprendem a ser amados! Queremos ajudá-los! Vamos impedir?”
Pilar Rahola

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Correndo Para Salvar a Própria Vida


VOCÊ APOSTA, ELES MORREM!
O destino dos Greyhounds usados em competições oficiais é vergonhoso e cruel. Deixamos aqui um alerta e um protesto. Nossa consciência não nos permite patrocinar canódromos, participar de corridas, apostar nos cães e financiar seu sofrimento.
Atração a ser evitada
Os Greyhounds são animais nobres e dóceis, com uma linhagem vinda desde o tempo dos faraós. No entanto, aqueles usados em corridas são considerados como mercadoria e não como animais de estimação. Em um momento eles são vistos como criaturas vigorosas correndo ao redor de uma pista atrás de uma lebre artificial, e num piscar de olhos sua vida útil está acabada. Um Greyhound gasta poucos minutos na pista durante uma corrida, mas ele passa muitas horas da sua vida confinado em uma cela apertada.
Milhares de Greyhounds são mortos todos os anos – alguns em nome da melhoria genética – antes mesmo de chegarem às pistas. A criação é feita em massa e somente um pequeno número chega a correr, os excedentes são mortos. Poucos cães chegam à aposentadoria aos 4 ou 5 anos, muitos morrem de lesões e doenças. Aqueles que sobrevivem mais tempo por causa do seu desempenho nas pistas, podem ser mortos ou vendidos a laboratórios no final da sua curta carreira e somente uma minoria consegue ir para lares com a ajuda de grupos de proteção.
Para se ter uma idéia da dimensão deste problema, podemos encontrar uma enorme quantidade de pistas oficiais onde a aposta é a principal atração: 73 pistas nos Estados Unidos, 104 na Austrália e Nova Zelândia, 39 na Grã Bretanha (Inglaterra, Escócia e País de Gales), 24 na Irlanda, além das pistas existentes em diversos países como a Dinamarca, Alemanha, Holanda, Suécia, México, China, Coréia do Sul, Vietnam, dentre outros. Irlanda, EUA, Austrália e outros acabam usando países do terceiro mundo como “lixeira” para os cães que não servem mais para suas pistas.
Ganância x Saúde
Muitos proprietários consideram seus cães como um investimento momentâneo, e o tratamento que dispensam a eles visa apenas o bom desempenho na pista, não importando sua saúde a longo prazo. Até mesmo o mais rápido corre por apenas poucos anos e deve ser lucrativo o suficiente para compensar o custo de sua habitação e alimentação. A pressão para gerar lucro pode levar a negligência de cuidados. Grupos de adoção frequentemente recebem cães em estado deplorável.
Para reduzir os custos, os cães são alimentados com a carne mais barata que estiver disponível. A qualidade da assistência veterinária também fica comprometida por questões financeiras. Devido à falta de tratamentos preventivos, os Greyhounds ficam sujeitos aos mais diferentes tipos de problemas de saúde: tosse dos canis, contaminação por parasitas, choque devido ao calor, ataque cardíaco, subnutrição, desidratação, problemas de dentição, dentre outras doenças.
Como as corridas dependem das apostas, existe sempre o risco que a integridade das corridas seja comprometida pelo doping. São usados estimulantes, sedativos, anabolizantes, analgésicos e até mesmo cocaína, todos com o intuito de melhorar ou diminuir as performances dos cães. Muitas vezes interessa ao proprietário forjar um mau corredor, pois seu cão vai competir com outros mais lentos e poderá vencer a próxima corrida com tranqüilidade.
A quantidade de Greyhounds acidentados gravemente durante as corridas é impressionante, sendo comuns casos de patas, pescoço e de coluna quebrados. Mais de 80% das lesões ocorridas durante uma corrida são consideradas graves, críticas ou fatais. Há casos de cães que foram encaminhados para eutanásia logo após uma apresentação. Quando adoecem ou ficam demasiado machucados para participar de uma corrida, os Greyhounds são utilizados como reprodutores, vendidos para laboratórios de experimentação, enviados para pistas de corridas de países subdesenvolvidos, abandonados ou mesmo mortos. As maneiras de se exterminar um Greyhound são muitas: tiro, eutanásia, eletrocução, abandono, fome, pancadas, enforcamento, afogamento e outras. A crueldade contra estes pobres animais não tem limite.
Muitas organizações de proteção tentam conseguir adoções para os Greyhounds aposentados. A diferença entre a quantidade de Greyhounds mortos no final da carreira para os que conseguem adoção é assustadora. Muitos lutam pelo fim das corridas com apostas, outros por melhores condições para os cães de carreira.
Estados Unidos
O número de Greyhounds mortos anualmente nos Estados Unidos varia de 30 a 50 mil. 50% dos cães são mortos antes mesmo de chegarem às pistas.
Cerca de 100.000 coelhos e outros pequenos animais são utilizados como iscas vivas no treino dos Greyhounds, que são incentivados a persegui-los e matá-los. Os cães menos agressivos são fechados dentro de uma jaula com um destes pequenos animais e só são libertados ou alimentados depois de matarem a presa. Segundo reportagem “Correndo para não morrer” publicada em The Animals Agenda, em maio de 1986, “estima-se que pelo menos 90% dos treinadores de Greyhounds acreditam que o uso de iscas vivas é necessário para ensinar seus animais a perseguir a isca mecânica, por acreditarem que desta maneira terão melhor desempenho”.
Nos Estados Unidos, muitos canis têm gaiolas empilhadas em dois andares, com as fêmeas geralmente no nível superior, e os machos embaixo. Muitos cães passam sua vida inteira trancados nestes canis. Como os Greyhounds geralmente competem em várias pistas diferentes durante sua carreira, eles são transportados de um canódromo para o outro, amontoados em vans ou trailers de alumínio mal ventilados. O transporte por longas distâncias em condições precárias costuma causar desidratação, perda de peso, exaustão e até a morte.
Grã Bretanha
A Grã Bretanha (Inglaterra, Escócia e País de Gales) é supostamente uma nação de amantes dos animais. A maioria dos lares tem um animal de estimação e mais de um quarto deles tem um cão. No entanto, o destino dos Greyhounds que participam das corridas é extremamente cruel. Um cão tem uma expectativa de vida de 14 anos ou mais, porém um Greyhound de corrida não vive mais que cinco anos. Somente uma sortuda minoria consegue recolocação em lares no final da carreira. A maioria, no entanto, é morta no primeiro ano de sua vida e estima-se que 12.000 Greyhounds sofram este destino todos os anos. Para muitos o fim significa a morte em um matadouro sujo, com um tiro na cabeça por meras 10 libras. Os animais que costumam dar lucros exorbitantes aos criadores e apostadores terminam seus dias assassinados e despejados no mato.
Segundo a política oficial da National Greyhound Racing Club (NGRC), os cães devem ser recolocados em lares no final da sua carreira, mas somente 3.000 dos 10.000 usados nas pistas oficiais do Reino Unido a cada ano conseguem encontrar um lar. No entanto, a NGRC não assume nenhuma posição sobre esta chacina de Greyhounds saudáveis e orgulha-se desta atividade, que é o segundo maior espetáculo desportivo e gera bilhões de libras em apostas.
Irlanda
Os Greyhounds na Irlanda são criados em massa e não conseguem ser adotados na mesma medida. Os relatos de crueldade são diversos, eles são encontrados em grande número abandonados nas ruas, sujeitos a torturas e maus tratos. Os centros de adoção estão lotados de Greyhounds aguardando lares. Mesmo recentemente foram encontrados Greyhounds (alguns vivos, outros não) com as orelhas mutiladas para que os donos não fossem identificados por causa do chip. Nos noticiários, encontramos matérias como crianças de 10 a 12 anos torturando um Greyhound abandonado, e crianças de 7 a 8 anos apostando em corridas. Em 2006 foi noticiado o caso de uma loja musical que vendia pandeiros feitos com pele de Greyhounds.
Os Greyhounds também são criados para serem exportados para diversos países para que sejam utilizados no suposto “esporte”. As condições de transporte são atrozes e depois de uma curta carreira nestes países, os cães ainda sofrem abandono, torturas e morte.
A RSPCA – Associação Britânica Protetora Contra Crueldade aos Animais divulgou um relatório em 21/07/2004, denunciando que 36 Greyhounds foram exportados da Irlanda para serem vendidos em Barcelona. Os cães chegaram sedentos, famintos e maltratados, após viagem onde permaneceram enjaulados por mais de 30 horas em condições precárias. Os cães fizeram um trajeto de 1200 km até o destino final – a Espanha, distribuídos em 20 minúsculas jaulas, onde mal podiam permanecer de pé, viajando por ferrovias e depois através de caminhões abafados, com temperaturas atingindo 40 graus. Infelizmente este não foi um caso isolado.
O canódromo de Barcelona foi fechado em 2006 e os Greyhounds irlandeses (assim como os espanhóis), ficaram a mercê da própria sorte. Nos abrigos espanhóis podem ser encontrados Greyhounds irlandeses a espera de adoção, e já houve o caso de um deles que sobreviveu apesar dos ferimentos graves devido ao enforcamento.
Da Austrália para a Ásia
A indústria de corrida de Greyhounds australiana impõe um triste fim para seus cães: eles acabam seus dias em laboratórios de vivissecção ou são exportados para países como Coréia, Vietnã e China, com planos de criação de pistas de corrida por todo o Camboja e Filipinas. Estes países são notórios pelos atos bárbaros de tortura e matança de cães para consumo humano, onde não há nenhuma esperança ou possibilidade de doação ou recolocação para os Greyhounds aposentados. O destino dos Greyhounds australianos na Ásia é desumano e, conforme amplamente exposto pelos meios de comunicação, estes magníficos cães estão terminando seus dias sendo exterminados pela indústria da carne de cachorro, ou simplesmente sendo jogados em aterros.
Como todos os cães, os Greyhounds merecem ser protegidos. Até que as corridas com apostas sejam banidas, os cães continuarão enfrentando o triste destino que os aguarda: esquecimento, abandono e morte. É hora de dizermos "basta"! Por favor, unam suas vozes ao crescente coro das pessoas que acreditam que é errado tratar os Greyhounds desta forma tão cruel.