terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Por Dentro da Indústria de Peles

Oitenta por cento das peles obtidas pelas indústrias de peles vêm de animais que vivem em cativeiro nas fazendas de peles. Essas fazendas mantém milhares de animais e as práticas usadas para mantê-los é uniforme (ou seja, é igual) no mundo todo. Assim como o confinamento intenso a que os animais são submetidos nestas fazendas, os métodos usados por elas são feitos para aumentar os lucros, sempre às custas dos animais.
Vidas curtas e sofridas
O animal mais criado nas fazendas é a marta, em seguida vem a raposa. Chinchilas, linces e até mesmo hamsters também são criados para obtenção de casacos de peles. 64% dessas fazendas se encontra na Europa, 11% na América do Norte e o resto está disperso pelo mundo, em países como Argentina e Rússia. Os "criadores" de martas geralmente acasalam as fêmeas uma vez por ano. Por volta de três ou quatro filhotes sobrevivem em cada ninhada, e eles são mortos quando têm por volta de 6 meses de idade, dependendo do país onde estão, depois do primeiro inverno rigoroso. As martas usadas na reprodução são mantidas até os quatro ou cinco anos. Os animais - mantidos em gaiolas super pequenas - vivem com medo, estresse, doenças, parasitas e outros sofrimentos físicos e psicológicos, tudo pela indústria global que ganha bilhões de dólares por ano.

Coelhos são mortos aos milhões para consumo de sua carne, principalmente na China, Itália e Espanha. Uma vez considerado um mero subproduto de consumo, a indústria de peles de coelho procuram as peles dos animais mais velhos (coelhos criados para consumo são mortos com a idade de 10 a 12 semanas). As Nações Unidas dizem que "poucas peles são pegas nos matadouros", e países como a França matam 70 milhões de coelhos por ano para obter suas peles, usadas em roupas, como iscas na pescaria e em detalhes em obras de arte.

A vida no "rancho"
Para cortar gastos, os "fazendeiros" colocam vários animais juntos em gaiolas super pequenas, onde os animais mal podem se mover. Esse confinamento e multidão é muito estressante, principalmente para as martas - animais solitários, que, na natureza, ocupam um território de 2.500 acres. Essa vida angustiante faz com que as martas cometam auto-mutilação - mordem seu corpo, cauda a patas - e andam freneticamente em círculos, sem parar. Zoólogos da Universidade de Oxford, que estudaram martas cativas, descobriram que, apesar de serem criadas para o comércio de peles, as martas não são domesticadas e sofrem muito em cativeiro, principalmente se elas não tem a oportunidade de nadar. Raposas, guaxinins e outros animais sofrem do mesmo modo e muitos cometem o canibalismo como uma reação para o seu confinamento superpopuloso.

Os animais nas fazendas de pele são alimentados com os subprodutos de carne que são considerados impróprios para consumo humano. A água é providenciada por um bebedouro tipo "bico de mamadeira" que geralmente congela no inverno ou pode não funcionar devido a erro humano. Resultado: os animais têm sede!

Doenças e parasitas
Os animais das fazendas de peles são mais suscetíveis às doenças do que os que vivem livres na natureza. Doenças contagiosas, como pneumonia, são passadas de gaiola para gaiola rapidamente, assim como pulgas e carrapatos. Moscas portadoras de doenças se desenvolvem nos locais que coletam urina e fezes, que ficam embaixo das gaiolas por meses. Vídeos e fotos feitos em investigações mostram os animais sofrendo de graves machucados e infecções, mau-tratados e são deixados morrer de forma lenta.

Habitats artificiais
As gaiolas são geralmente mantidas em locais abertos que fornecem pouca ou nenhuma proteção contra o vento, o frio, o sol excessivo ou a chuva. Sua pele sozinha não é capaz de mantê-los quentes no inverno e, no verão, as martas sofrem com o calor, pois não têm água para se refrescar. Quando as martas aprendem a "tomar banho" sozinhas, pressionando os bebedouros "mamadeira", os "fazendeiros" mudam os bicos do bebedouro para acabar com o alívio delas.

Veneno e dor
Nenhuma lei protege os animais das fazendas de peles, e os métodos de abate são horrendos. Como os "fazendeiros" se preocupam apenas com a qualidade da pele, eles usam métodos de abate que as mantenham intactas, mas, esses mesmos métodos, resultam em sofrimento extremo para os animais. Pequenos animais são colocados aos montes em caixas e envenenados com o gás que sai do escapamento de um caminhão. Isso nem sempre é letal, e alguns animais acordam enquanto são despelados. Os animais maiores têm grampos ou hastes colocadas em suas bocas e hastes colocadas no ânus, e são dolorosamente eletrocutados. Outros animais são envenenados com estricnina, que os sufoca por paralisar seus músculos em dolorosas cãibras. Câmeras de gás, câmeras de descompressão e, literalmente, torcer o pescoço são outros métodos de abate muito comuns.

A indústria de peles se recusa a condenar até os mais cruéis métodos de abate. Eletrocussão genital, considerada "inaceitável" pela Associação Americana Médica Veterinária (AVMA - em inglês), é um método de abate que causa, nos animais, a dor de um ataque cardíaco enquanto estão totalmente conscientes. A indústria de peles de chinchila consideram a eletrocussão e quebrar o pescoço "aceitáveis".
Você vestiria seu cão?
Um investigação revelou que a indústria de pele de cães e gatos é multi-milionária na Ásia e descobriu que casacos e brinquedos feitos com pele de cães domésticos são vendidos no mundo. Não existe nenhuma lei que previna uma pessoa de importar pele de cão e gato para o seu país. Se o produto importado custa menos que U$ 150, o exportador nem precisa dizer do que ele é feito. Vídeos mostram um Pastor Alemão, com a cauda abanando, momentos antes de ser despelado vivo. Um gato, preso em uma gaiola, olha, um por um, seus colegas de gaiola serem sufocados, pendurados e enforcados, e espera a sua vez. Peles de cães e gatos ainda entram no país, pois só podem ser detectadas por testes de DNA caríssimos.

Portanto: NUNCA, JAMAIS, USEM PELES DE ANIMAIS E NEM COMPREM ITENS QUE AS TENHAM COMO ENFEITE!!!!

Destruição do meio ambiente
Ao contrário do que a indústria de peles diz, a produção de peles destrói o meio ambiente. A energia necessária para produzir um casaco de pele é, aproximadamente, 20 vezes maior do que a necessária para produzir um casaco de pele falsa. Nenhum casaco de pele é biodegradável, devido ao tratamento químico aplicado para impedir que a pele apodreça. O processo do uso desses produtos químicos é muito perigoso e pode contaminar a água.

Cerca de 22 quilos de fezes são excretadas por marta despelada nas fazendas de pele. Baseado no número total de martas despeladas só nos EUA em 1999, que foi de 2.81 milhões, as fazendas de pele de marta geram, aproximadamente, 62 mil toneladas de fezes por ano. O resultado são mil toneladas de fósforo que destroem ecossistemas aquáticos.

Pele em roupa de ovelha
Enquanto as vendas de peles caem, as vendas de pele de cordeiro com lã crescem. Alguns produtores de peles são usados para distinguir a pele de marta da pele do cordeiro. Muitas pessoas não sabem das origens da pele de cordeiro ou que suas vendas são um incentivo para os criadores de ovelhas aumentar o seu rebanho.

No Afeganistão, a ovelha karacul agora é criada para produzir cordeiros para o mercado Persa de casacos e chapéus. Para uma melhor qualidade da pele, a mãe é morta um pouco antes de dar à luz e o cordeiro é retirado de dentro dela. As peles do cordeiro abortado são muito valorizadas no mundo da moda por seu brilho parecido com o da seda. É necessária a pele de um cordeiro inteiro para fazer um único chapéu.

Indústria em declínio
A Áustria e o Reino Unido baniram as fazendas de peles e a Holanda parou com a criação de raposas e chinchilas em abril de 1998. Nos EUA, existem aproximadamente 324 fazendas de martas, contra 1.027 em 1988. Como sinal dos tempos, a supermodel Naomi Campbell foi proibida de entrar em um clube de Nova Iorque porque estava usando pele.


Escolhas humanas
Os consumidores precisam saber que todo casaco, forro ou detalhe de pele representa um intenso sofrimento de milhões de animais, sejam eles capturados em armadilhas, criados ou mesmo não nascidos. Essas crueldades só acabarão quando as pessoas se recusarem a comprar ou vestir pele. Aqueles que aprendem os fatos por trás do casaco de pele deve passar seu conhecimento para outros, para o bem dos animais.


Um comentário:

  1. ai jesuiiis, que tristeza. É orrível saber que fazem isso com os pobres bixinhos.
    Eu também amo os animais, fiz até um blog para isso. Parabéns pelo seu blog :)

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